domingo, 24 de maio de 2009

COMO É BOM SER CRIANÇA....






“Os seres humanos de todas as idades são mais felizes e mais capazes de desenvolver seus talentos quando estão seguros que por traz deles existem uma ou mais pessoas que virão em sua ajuda caso surjam dificuldades” (John Bolby).


Ao ouvir a palavra infância qual a primeira coisa que lhe vem á mente? Período de alegrias, despreocupação... O pensamento de que naquela época é que você era feliz? Será que a vida das crianças é mesmo o “mar de rosas” do qual muitas vezes se fala? Quantas vezes já ouvimos frases como: “como é bom ser criança...” “criança é que é feliz...”
Já há algum tempo, ao menos para os profissionais da psicologia, a infância não é mais vista com um período “paradisíaco”, onde não existem preocupações, problemas ou sofrimentos. Já se sabe que conflitos advindos desta fase da vida podem interferir e muito na vida adulta dos indivíduos. Assim como as experiências de uma criança são muito importantes para o seu desenvolvimento, principalmente as que ela tem em seus primeiros anos de vida.
Mas... com base em que afirmo isso? O ser humano está em constante mudança desde o momento que nasce até minutos antes de morrer. Mas sem dúvida o período onde estas mudanças são mais abundantes e visíveis é a infância. A criança se desenvolve física, intelecto e emocionalmente, até mesmo em relação a seu comportamento. Sendo assim, uma criança apesar de seu tamanho e pouca experiência de vida tem que confrontar-se todo o tempo com adaptações e aprendizados dos mais diversos.
Obviamente todas estas adaptações demandam reações emocionais igualmente diversas, para as quais esta criança muitas vezes não esta preparada, uma vez que não tem maturidade, principalmente emocional, para lidar com muitas das questões suscitadas por suas experiências.
Quando pensamos na gama de situações e conflitos com os quais a criança tem que lhe dar durante seu desenvolvimento fica claro, apesar de nossas memórias poderem nos enganar a este respeito, que este não é um período tão isento de preocupações e sofrimentos quanto julgamos.
As mudanças emocionais e a forma como as crianças lidam com elas são particularmente importantes, pois irão determinar muito a formação de sua personalidade. As experiências de uma criança são importantes para o seu desenvolvimento, principalmente as que ela tem em seus primeiros anos de vida.
Tendo em vista a importância de tais experiências, que elementos na vida desta criança podem auxiliar seu desenvolvimento apesar de tantas dificuldades?
Winnicott (teórico da psicologia) em sua vasta obra, em muitos momentos ressalta a importância de que nesta fase da vida o ser humano tenha uma relação estável (a mãe e/ou outras figuras familiares), para sua boa adaptação e aprendizado. É esta relação que apresentará o mundo a criança e a “ensinará” a ser um ser humano. Assim, como citado no inicio desta reflexão, John Bolby diz que para que possamos nos desenvolver satisfatoriamente existe a necessidade de sentirmos que existe alguém que nos apóia; um “porto seguro” pra onde possamos voltar se necessitarmos. Sendo assim, podemos concluir o papel fundamental que têm os pais e demais figuras familiares no desenvolvimento das crianças. Uma vez que se estes não puderem transmitir a segurança necessária para o bom desenvolvimento da criança, esta poderá ter experiências emocionais mais “perturbadoras” durante seu desenvolvimento.
Outro recurso disponível para minimizar os sofrimentos da criança é o atendimento psicoterápico que atuará nos mais diversos conflitos e problemas comportamentais. Podendo ser uma forma de amenizar as conseqüências decorrentes das mudanças emocionais e da falta de maturidade de muitas crianças para lidar com elas; com vistas a reduzir ou até anular seus efeitos na vida adulta deste indivíduo.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Primeiras reflexões


Esse blog tem como objetivo trazer reflexões acerca da psicologia na infância, além de ser apoio para pais e profissionais da área.